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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Hora de Noticia# 2

Estudantes deixam o interior de São Paulo para fazer medicina na Rússia

Jovens integram grupo de 28 brasileiros que vão passar 6 anos na Europa.
Ingresso fácil em faculdades e baixo custo são alguns motivos alegados.

Três estudantes de São José dos Campos (SP) fazem parte de um grupo de 28 brasileiros que estão na Rússia em busca do sonho de se tornar médicos.  Eles vão fazer primeiro um curso preparatório do idioma e do método de ensino russo. A duração total do curso é de seis anos.
Para a jovem Cauana Cristina de Souza, aprender russo está mais fácil do que conseguir passar em uma faculdade de medicina no Brasil. “Estava desanimada aqui no Brasil, porque a gente estuda muito e não passa por causa de 0,1, uma bobeirinha, uma falta de atenção, ou porque deu dor de barriga no dia da prova”, contou.
Ela vai estudar em uma universidade pública no interior do país do Leste Europeu. O processo é diferente do feito no Brasil. Para conseguir uma vaga, é feita uma análise do histórico escolar do concorrente e uma entrevista com a família.

Juntamente com ela vão mais dois amigos de São José dos Campos. Segundo Caio Fonseca, outro atrativo é o valor. O semestre inteiro sai por cerca de R$ 5 mil. “Lá na Rússia está saindo por 20% do valor médio de uma universidade particular do Brasil. Então, isso associado a alguns outros fatores, como qualidade de ensino e tal, acaba levando a gente a ir para lá”, contou.

Por conta própria, eles também já estão aprendendo o russo, mas na verdade, no início as aulas serão em inglês, já começam agora em fevereiro. Como conta a terceira estudante, Camila Carrara. “Eles falam que os costumes são muito diferentes, aulas totalmente complicadas, professores muito rígidos. E eles têm provas todos os dias, oral, escrita. A cada três meses eles têm provas finais mesmo”.
Revalida
Quando decidem fazer faculdade de medicina no exterior, muitos estudantes evitam o estresse e a concorrência das universidades do país. Mas, se eles quiserem voltar ao Brasil para exercer a profissão terão que passar por uma avaliação, conhecido como Revalida, uma espécie de vestibular de medicina para quem estuda no exterior e volta ao país para exercer a profissão de médico. Sem esse documento não poderão trabalhar no Brasil.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (INEP), em 2011, 536 pessoas fizeram o Revalida e só 65 passaram. Já no ano passado, dos 782 médicos com formação no exterior que tentaram validar o diploma, somente 77 foram aprovados.

“O que eu observo é que o currículo é deficiente e que esses médicos não estão prontos para fazer o atendimento para o paciente. Tem que ter essa prova para a qualificação dos médicos”, disse a conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Silvana Morandini.

 

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